quinta-feira, 14 agosto, 2025

5 formas para usar o vídeo de Felca sobre ‘adultização’ na redação do Enem

5 formas para usar o vídeo de Felca sobre ‘adultização’ na redação do Enem. Foto: Jornal da Paraíba.

Um vídeo publicado pelo influenciador Felca tem ganhado repercussão ao denunciar a “adultização” e a exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais, tema que pode ser uma aposta para a redação do Enem 2025. O conteúdo cita o caso do influenciador paraibano Hytalo Santos, cuja conta no Instagram saiu do ar recentemente após a polêmica.

Felca, que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube, publicou o vídeo na última quarta-feira (6). Nele, ele mostra exemplos de menores expostos de forma inadequada. A publicação já ultrapassa 160 milhões de visualizações e recebeu mais de 300 mil comentários.

Desde que os vídeos começaram a circular, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou investigações sobre a possível exploração dos menores, além da responsabilização dos pais por omissão na proteção dos filhos.

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O Jornal da Paraíba conversou com a professora de redação Josy Kelly para entender melhor o tema e como ele pode ser usado na redação do Enem. A seguir, veja formas de usar esse vídeo como base para a prova de produção textual, ampliando a compreensão sobre o assunto.

1 – ‘Adultização’ e exploração de crianças e adolescentes para falar de trabalho infantil na redação

Segundo a professora, os temas “adultização” e “exploração de menores” são ótimos para usar na redação, principalmente no estilo dissertativo-argumentativo, como o do Enem.

“Esses temas pertencem ao eixo temático social, que vem sendo bastante cobrado pelo Enem nos últimos anos”, afirmou.

Ela explica que esses temas podem ser usados para tratar de questões maiores, como o trabalho infantil. Ou seja, falar de “adultização” é mostrar que crianças e adolescentes são colocados para agir como adultos, muitas vezes em situações que não respeitam sua idade.

2 – Usar as definições de ‘adultização’ e exploração de menores como repertório sociocultural

A professora recomenda que o estudante comece a redação definindo bem o que é “adultização” e “exploração de menores”. Assim, já demonstra que entende do assunto.

“Ele pode, inclusive, usar essa definição como repertório sociocultural na introdução do texto, assim o leitor já conseguirá identificar que o aluno tem propriedade para falar sobre esse tema. Fundamentar a argumentação em ambos os desenvolvimentos também é imprescindível”, disse Josy.

Ou seja, é essencial usar esses conceitos como repertório sociocultural, ou seja, ideias e informações que ajudam a construir o argumento de forma sólida. Também é válido citar filósofos, filmes, dados ou acontecimentos que se relacionem ao tema.

3 – Estatuto da Criança e do Adolescente na redação do Enem

Além do vídeo do Felca, que pode ser usado para exemplificar a denúncia da exploração infantil, o estudante pode citar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“O ECA garante proteção às crianças e adolescentes e prevê punições para quem explora sexualmente menores”, lembra a professora.

Também é possível mencionar a Constituição Federal de 1988, que fala sobre os direitos das crianças e o dever do Estado de protegê-las, e a Lei 13.431/2017, que trata da prevenção à violência sexual.

4 – Referências sociológicas e filosóficas para a redação do Enem

Para deixar a redação ainda mais completa, é possível trazer referências sociológicas e filosóficas. Josy Kelly sugere:

  • “Indústria Cultural”, de Adorno e Horkheimer, que fala sobre como a cultura de massa molda comportamentos e desejos, muitas vezes para o consumo;
  • “Banalidade do mal”, de Hanna Arendt, que explica como atos nocivos passam a ser aceitos como normais pela sociedade;
  • E Jean-Jacques Rousseau, que defende que a infância é uma fase natural do desenvolvimento humano e merece ser respeitada.

5 – Proposta de intervenção sobre ‘adultização’ e exploração de menores

Para concluir a redação, é importante apresentar uma proposta de intervenção concreta.

A professora de redação indica que agentes como a escola, a mídia, a família e a sociedade podem atuar com aulas, palestras e campanhas educativas sobre o tema. Também é importante reforçar a fiscalização das leis já existentes e criar limites claros entre exposição e proteção das crianças.

“Por se tratar de um tema social, com ênfase no público infantil, agentes como a escola, a mídia, a sociedade e a própria família podem agir propondo a implementação de aulas, palestras ou campanhas educativas”, afirma.


Fonte: jornaldaparaiba.com.br | Publicado em 2025-08-12 08:20:00

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