Neste sábado, quatro de outubro de 2025, faz 55 anos da morte de Janis Joplin. Quando morreu, vítima de uma dose excessiva de heroína, ela tinha somente 27 anos.
Janis estava terminando a gravação do álbum Pearl, no qual era acompanhada pela Full Tilt Boogie Band. O disco foi lançado postumamente em janeiro de 1971.
Há outros livros, mas, se você quer conhecer a história de Janis Joplin, sugiro duas biografias. Enterrada Viva, de 1973, foi escrita ainda no calor dos acontecimentos. Myra Friedman, a autora, fora secretária de Albert Grossman, empresário da cantora.
Também é de uma mulher, Holly George-Warren, a outra biografia que indico: Janis Joplin, Sua Vida, Sua Música, lançada no Brasil em 2020.
Texana de Port Arthur, Janis Joplin trocou sua cidade natal por São Francisco. Foi lá, em meio a hippies, que encontrou a liberdade que procurava e de onde se projetou.
O primeiro disco que gravou, em 1967, não era dela, mas da banda Big Brother and The Holding Company. Tem o rock Down on Me e o blues Bye Bye Baby.
No segundo, Cheap Thrills (1968), o protagonismo era dividido entre o grupo e a cantora, embora esta começasse a se sobrepor. Tem Ball and Chain e Piece of My Heart.
I Got Dem Ol Kozmic Blues Again, Mama (1969), com Kozmic Blues, Maybe e Try, foi o único disco solo que gravou e lançou em vida. Pearl estava praticamente pronto quando morreu. É nele que estão Cry Baby, Mercedes Benz e Me and Bob McGee.
Até hoje, tantos anos depois da sua morte, muita gente ainda diz que Janis Joplin era uma cantora de blues. Não era exatamente isso, ainda que tenha gravado números do gênero e que tivesse um forte sentimento bluesy no seu modo de cantar.
Mas também tinha muito de soul. Cantava ainda rocks, baladas e música country. Na voz rouca de Janis tanto era possível identificar a influência de uma cantora de blues como Bessie Smith quanto a força vocal do soul man Otis Redding.
Janis Joplin era um diamante em estado bruto que o tempo não pôde lapidar. Sua música era expressão de uma busca inútil pela felicidade, tema universal que garante a sobrevivência do seu legado. Tal como na letra da canção – Little Girl Blue – gravada em 1969, ela nunca conseguiu deixar de ser uma pequena garota triste.
Fonte: jornaldaparaiba.com.br | Publicado em 2025-10-03 03:50:00
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